Entrevista com Luiza Possi


Luiza Possi chegou a Brasília ansiosa para rever seus fãs, que puderam conferir pela primeira vez a turnê do DVD Seguir Cantando. A cantora conversou com o Blog do FestiArte sobre o show, suas influências e a homenagem que fez a Whitney Houston na apresentação. Confira a entrevista.

Foto: Limoncino Oliveira
FestiArte: O DVD Seguir Cantando, lançado em 2011, deu origem à turnê apresentada no Teatro Nacional, e já passou por algumas cidades do Brasil. Como foi o processo de criação do DVD e como a experiência do álbum se refletiu no palco?
Luiza Possi: Começamos a turnê no ano passado e não deu para vir a Brasília. Nós todos estávamos ansiosos por isso. A produção do DVD foi um verdadeiro reality em que a pudemos mostrar ao público como tudo é feito. A pressa e a correria mostram bem a vida real, tirando todo o glamour. É tudo muito visceral, muito apaixonado. E isso está cada vez mais presente no palco. O nosso encontro com o público é uma catarse.


FestiArte: E como tem sido a repercussão da turnê nas cidades pelas quais já passou?
Luiza Possi: Tem sido arrebatadora. Todos têm recebido muito bem. Graças às redes sociais e à democratização da música, ainda que não esteja totalmente livre, você vê milhares de pessoas cantando músicas que não estão tocando numa rádio, na televisão ou em uma novela. As pessoas têm acesso direto a você e ao seu trabalho e isso me deixa muito mais próxima do meu público. É muito bacana ver que o Seguir Cantando tem 25 músicas e a galera canta tudo. É bom ver uma coisa que você fez se espalhar, senão não tem sentido, a comunicação só existe se chega à outra parte. 


FestiArte: Na construção da sua trajetória musical e da sua carreira, quais foram as suas maiores influências?
Luiza Possi: É muita gente. Eu tive influências em casa; nas suas casas. Com a minha mãe, era uma coisa sempre mais lírica: Barbra Streisand, Vozes Búlgaras, Rita Pavone. O meu pai era mais pop-contemporâneo, ele ouvia Michael Jackson, Stevie Wonder. Mas tinham também as coisas que eu levava para casa, que eram do rádio. Eu tive uma cultura de rádio. Por exemplo, eu que apresentei Ana Carolina à minha mãe. Eu gostava e ainda gosto muito de Black, Jazz, R&B, de Soul americano, de Etta James. Essa é uma cultura que eu adquiri na rua. E então eu fiz uma mistura de tudo.


FestiArte: Na passagem de som, pudemos ouvir uma versão de “I Will Awayas Love You”, da Whitney Houston, que será apresentada no show. Por que fazer essa homenagem, ela foi importante para a sua carreira?
Luiza Possi: Eu sempre tive muita influência de cantoras negras norte-americanas. Do R&B, do Soul, do Pop. Uma amiga da minha mãe, hoje mesmo, me lembrou da época em que eu tinha dois anos e cantava Whitney Houston, mesmo sem saber falar direito. Essa é uma coisa que vem desde que eu era muito pequena. Casou com o fato de que eu estou fazendo uma pesquisa para o Lado B, que é um projeto que tenho na internet e essa semana mesmo eu estava vendo as coisas da Whitney, pois pretendo gravar alguma coisa dela. 
Foto: Limoncino Oliveira
Ela é uma cantora que me influenciou muito, de me trancar no quarto e ficar tentando cantar suas músicas. Quando eu soube de sua morte fiquei bem triste. Eu sempre quis cantar “I Will Always Love You” e não tem porque a gente não fazer as coisas que a gente quer. É a minha maneira de dizer pra Deus cuidar da alma dela e de agradecer tudo que ela fez inclusive para o público aqui do Brasil, que gostava muito dela.


FestiArte: De que forma você sobe ao palco hoje? Qual é a sua expectativa para o show dessa noite?
Luiza Possi: A expectativa é para seja o melhor show possível. Não existe outro momento. Existe aqui e agora. Então que hoje seja o melhor show da minha vida. Que seja o melhor show para mim e para todo o público. Que a gente consiga fazer uma conexão real. Que todos saiam do meu show pelo menos um pouco diferentes do que chegaram, e eu também. 

Roberto Corrêa e os mitos da Viola


O mato-grossense Roberto Corrêa é brasiliense de coração. Chegou ao FestiArte para apresentar seu novo disco e emocionou a plateia com o som de sua viola.

A relação entre Roberto Corrêa e a viola começou na capital, em 1977, enquanto cursava Física na Universidade de Brasília (UnB). Em sua primeira incursão pela música, o então jovem músico montou entre amigos, um grupo de música regional, no qual ele tocava violão. Roberto conta, porém, que quando conheceu a o instrumento que hoje é seu ofício, se apaixonou e não pode mais deixá-lo.

A vida de músico não o impediu de concluir a formação em física, mas também não permitiu que seguisse a profissão. A viola era o que dava sentido à sua vida, e desse encantamento surgiu a necessidade de aprofundar seus conhecimentos a respeito do instrumento. A descoberta foi cada dia mais surpreendente. Mesmo na física, Roberto já frequentava disciplinas do curso de Música na Universidade, o que lhe deu a segunda formação.

Roberto Corrêa mergulhou na pesquisa da viola, e não podia deixar de estudar todos os mitos que envolvem o instrumento. Quando perguntado se estava em seus objetivos desmistificar algumas das tradições, ele é categórico ao afirmar que essa nunca foi a sua intenção. “Eu não quis desmistificar. Eu entendo que este é um imaginário muito rico e que faz parte do universo da viola. Eu mesmo tenho um chocalho de cascavel dentro da minha”, afirma.

O músico conta que algumas tradições são importantes e que ele faz questão de cumprir. Diz também que nunca teve a pretensão de descobrir a lógica por detrás dos mitos, pois estes são parte de algo muito maior. “Tem muitas coisas desse universo que não têm explicação e que mesmo sem conseguir explicar eu vou levando”, diz.

Quando perguntado se segue outras tradições, Roberto conta que mantém a sabedoria que envolve o contato com o instrumento. “Os violeiros dizem que o instrumento ensina e você tem que perceber isso. Eu cuido para preservar isso”, afirmou Roberto, enquanto se preparava para o show, com a viola em mãos.

Programação 12 de fevereiro


Luiza Possi e Ligiana Costa encerram o FestiArte
Luiza Possi. Foto: Carol Volpi/SESC Campinas Dez 2011

A cantora Luiza Possi vem à capital para encerrar a programação do I Festival Internacional de Artes de Brasília, neste domingo, 12 de fevereiro. Com mais de 10 anos de carreira e seis álbuns lançados, a cantora traz ao FestiArte o repertório do CD Seguir Cantando, lançado em 2011, além de antigos sucessos.
Ligiana. Foto: Sébastien Dolidon
Filha da cantora Zizi Possi, Luiza está em contato com música desde a infância.  Apesar disso, só chegou a se apresentar em público em 1999. De lá para cá, o sucesso tem tomado conta de sua carreira. Os prêmios foram muitos, dentro e fora do Brasil, e as músicas passaram a compor as playlists do Brasil, sendo tocadas em novelas, rádios e filmes. As canções, que mesclam arranjos dançantes e melodias românticas, prometem embalar o público da Sala Villa-Lobos.
A abertura do show fica a cargo da cantora, compositora e musicóloga Ligiana Costa, que apresenta o repertório do disco “De amor e Mar”. Ligiana é tida por muitos como uma das mais inventivas cantoras da música brasiliense.


Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 12 de fevereiro (domingo)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece a partir das 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Senhas serão distribuídas na mesma fila a partir das 12:30. A entrada é franca.




O Cano (Circo Teatro Udi Grudi – DF)
A montagem teatral “O Cano” apresenta uma mistura entre o trabalho musical e a arte dramática. Utilizam-se instrumentos musicais alternativos para a construção da narrativa. Nela, três palhaços divertem o público, com malabarismos, acrobacias e muita música.
O Circo Teatro Udi Grudi é referência em pesquisa circense em Brasília. O grupo tem se apresentado em todo o mundo, alinhando-se às tendências sustentáveis da contemporaneidade.
Serviço
Local: Sala Martins Penna, Teatro Nacional
Data: 12 de fevereiro (domingo)
Horário: 16h e 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Show com o Tambor de Crioula de Seu Teodoro e Pé de Cerrado encerram a inserção do FestiArte nas satélites
Pé de Cerrado/Divulgação
Uma mistura nordestina de peso invadirá o Guará e promete colocar o público para dançar. Para relembrar e manter sempre viva a energia de Seu Teodoro, o Tambor de Crioula do mestre será apresentado no Guará. O trabalho de Seu Teodoro, morto no início do ano, continua a brindar o povo com seus espetáculos com saberes e sabores maranhenses. Para completar a festa, a banda Pé de Cerrado celebra a música nordestina popular. Entre os baiões de Luiz Gonzaga e maracatus rurais, a banda promete animar os festejos pré-carnavalescos de Brasília.
Serviço
Local: Feira do Guará.
Data: 12 de fevereiro (domingo)
Horário: 18h
Dispensa a retirada de ingressos. A entrada é franca.


As Caixas, as Trouxas e a Fronha (Grupo Teatro Cara de Anjo-DF)
Entre caixas, trouxas e objetos, o espetáculo “As caixas, as Trouxas e a Fronha” discute os caminhos para se encontrar a chave para a felicidade. A personagem da peça vive na solidão, em busca de liberdade e felicidade. Para espantar a tristeza refugia-se no mundo de canções e festejos. Seu sonho de vida é o desejo de ser aceita. Sua terra, suas raízes, o nordeste revelando um interior de misturas e medos.
Serviço
Local: Teatro de Sobradinho, quadra 12.
Data: 12 de fevereiro (domingo)
Horário: 20h
Ingressos: A retirada de ingressos acontece a partir das 14 horas do mesmo dia do espetáculo, no Teatro de Sobradinho. A entrada é franca.



Mostra Grandes Figuras do Cinema Mexicano
17:30 - Ahí está el Detalle (México, 1948, 112 min, livre), de Humberto Gómez.
19:30 - Yo Bailé con Don Porfírio (México, 1942, 102 min, livre), de Gilberto Martinez Soares.
Serviço
Local: Auditório do Museu da República
Data: 12 de fevereiro (domingo)
Horário: 17:30 e 19h30

Programação 11 de fevereiro



Roberto Corrêa e Cacai Nunes celebram a viola popular
Na noite de sábado, o I Festival Internacional de Artes de Brasília será dedicado à viola. Roberto Corrêa, violeiro, compositor e pesquisador, será o anfitrião da festa. O músico tornou-se referência nacional com o instrumento. Sua trajetória musical ganhou força com as pesquisas sobre a cultura, a mística e as produções que envolvem a viola caipira. O trabalho de Roberto, mineiro radicado em Brasília, tem levado a música do sertão brasileiro aos palcos do mundo inteiro e dessa vez sobe ao palco da Sala Villa-Lobos.
Roberto Correa/Divulgação
Quem abre os trabalhos na noite é Cacai Nunes. O jovem violeiro, pernambucano de origem e criado em Brasília brinda a cidade com sua versatilidade musical, fruto, também, de suas pesquisas sobre a música popular brasileira do último século. Cacai apresenta um programa na Rádio Nacional FM com o nome “Acervo Origens” e tem como ofício o resgate da memória cultural do país.
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Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 11 de fevereiro (sábado)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Ser Tão Teatro apresenta o espetáculo Flor de Macambira no Teatro Nacional
Ser Tão Teatro / Divulgação
O espetáculo Flor de Macambira, apresentado pelo grupo paraibano Ser Tão Teatro, teve início na Universidade Federal da Paraíba, em 2007. A peça é uma festa que faz referências diretas à cultura popular brasileira. Por meio de técnicas circenses, conta-se a história da jovem Catirina, a mais bela flor da Fazenda Macambira, que passa a conviver com as tentações mundanas como um resgate de sua própria história.

Com a direção de Christina Streva, a montagem é baseada na obra “O coronel de macambira”, de Joaquim Cardozo, publicada em 1963. Sucesso de público e crítica, o espetáculo tem conquistado o Brasil pelas ruas e teatros e promete trazer o melhor da tradicional cultura pernambucana a Brasília.
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Serviço
Local: Sala Martins Pena, Teatro Nacional
Data: 10 e 11 de fevereiro (sexta-feira e sábado)
Horário: 21h
A retirada de ingressos acontece a partir das 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Mostra Grandes Figuras do Cinema Mexicano
Filme do dia: Maria Candelária (México, 1943, 90 min, 14 anos), de Emílio Fernández.
Serviço
Local: Auditório do Museu da República
Data: 11 de fevereiro (sábado)
Horário: 19h30

A China invadiu Brasília

Foto: Limoncino Oliveira
O I Festival Internacional de Artes de Brasília recebeu, na noite desta sexta-feira (10), um espetáculo de cultura da China intitulado “A Festa da Primavera”, apresentado pelo Grupo Cultural Primavera Chinesa.

O espetáculo trouxe ao teatro nacional brasilienses e chineses que, juntos, comemoraram o ano novo daquele país. Em um ambiente repleto de luzes e figurinos coloridos e exóticos, diversas etnias do país apresentaram números de música e danças tradicionais.

O primeiro grupo a subir ao palco foi o das etnias da província de Yunnan. Logos após, o cantor tibetano Kelzang Dondrup cantou músicas tradicionais. As etnias minoritárias, como Wa e Itami, levaram ao palco da Sala Villa-Lobos uma mistura de tambores e cores.

A cantora Tie Jin embalou o público com canções que falavam sobre o amor e a devoção à pátria chinesa. Um musical de dança e mágica, apresentado por Shen Juan também encantou o público.

A famosa e tradicional dança do pavão foi executada de modo diferente, por um homem. Um trecho da Ópera de Beijing, apresentada por Wang Yuahou e Wang Itao arrancou boas risadas das pessoas que lotavam a Sala Villa-Lobos.
Foto: Limoncino Oliveira

A cantora Cheng Fangyuan trouxe ao palco uma mistura de ritmos. Sua música possui elementos ocidentais, sobretudo latinos. Ela também entoou, à capela, a canção Besame Mucho. O cantor Wei Jindong apresentou músicas sobre o dragão chinês, conhecido mundialmente como símbolo de prosperidade.

Para finalizar, um número de dança da etnia Daí, o “Peixe Vermelho”, e um dueto entre Tie Jin e Wei Jindong que, novamente, cantava as alegrias e amor ao país de origem.

Um destaque da noite foi a apresentadora, que, muito bem humorada, explicou detalhes do espetáculo e agradeceu ao público pelo entusiasmo. Antes das apresentações, o Secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira e representantes da Embaixada e Associações chinesas saudaram o público e deram as boas-vindas aos presentes.

Programação 10 de fevereiro


Embaixada da China apresenta a tradicional Festa da Primavera do país
Na sexta-feira, 10 de fevereiro, a Sala Villa-Lobos recebe um show sobre a tradicional cultura chinesa. A Festa da Primavera simboliza a comemoração do ano novo chinês de acordo com o calendário lunar e será apresentada em Brasília.
Festa da Primavera/Divulgação
Com danças exóticas, roupas mais coloridas e os famosos dragões que decoram as ruas de Pequim e demais cidades chinesas nesse período. Segundo a Embaixada da China, é a primeira vez que o espetáculo é apresentado nesse formato fora do país. Chamam atenção, a iluminação e os figurinos do show, com referenciais bastante diferentes da produção de palco do ocidente. É uma oportunidade ótima para apresentar as referências culturais do oriente a toda a família.
Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 10 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Haverá distribuição de senhas a partir das 12:30, na mesma fila. A entrada é franca.


Grupo Ser Tão Teatro apresenta o espetáculo Flor de Macambira no Teatro Nacional
Ser Tão Teatro/Divulgação
O espetáculo Flor de Macambira, apresentado pelo grupo paraibano Ser Tão Teatro, teve início na Universidade Federal da Paraíba, em 2007. A peça é uma festa que faz referências diretas à cultura popular brasileira. Por meio de técnicas circenses, conta-se a história da jovem Catirina, a mais bela flor da Fazenda Macambira, que passa a conviver com as tentações mundanas como um resgate de sua própria história.
Com a direção de Christina Streva, a montagem é baseada na obra “O coronel de macambira”, de Joaquim Cardozo, publicada em 1963. Sucesso de público e crítica, o espetáculo tem conquistado o Brasil pelas ruas e teatros e promete trazer o melhor da tradicional cultura pernambucana a Brasília.
Serviço
Local: Sala Martins Pena, Teatro Nacional
Data: 10 e 11 de fevereiro (sexta-feira e sábado)
Horário: 21h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional. A entrada é franca.


Rasgacêro apresenta-se em Sobradinho
Rasgacêro/Divulgação
Sobradinho recebe, na sexta-feira, a banda Rasgacêro. Formado há 10 anos, o Rasgacêro mistura elementos teatrais e circenses com a música regional. Como resultado, o público pode esperar uma apresentação diferenciada que resgatam as raízes sonoras e, ao mesmo tempo, inova com arranjos contemporâneos. O musical já foi apresentado em oito estados brasileiros e para mais de 150 mil pessoas.
Serviço
Local: Feira Cultural da Lua de Sobradinho, próximo à Administração Regional.
Data: 10 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 20h
Ingressos: Dispensa-se a retirada de ingressos. A entrada é franca.








Meu Chapéu é o Céu é destaque na Cidade Estrutural
Meu Chapéu é o Céu/Divulgação
O espetáculo dirigido por Leo Sykes, da Cia. Instrumento de Ver une acrobacias, criatividade e comicidade, fruto das influências recebidas das técnicas clown e do circo-teatro. A peça conta a história de duas lavadeiras que trabalham na companhia de um ser encantado.
Serviço
Local: Administração da Estrutural
Data: 10 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 17h
Dispensa-se a retirada de ingressos. A entrada é franca.




Mostra Grandes Figuras do Cinema Mexicano
Filme do dia: Macário (México, 1959, 90 min, 14 anos), de Roberto Gavaldón
Um dos filmes mais famosos de seu tempo e a primeira película mexicana a concorrer ao Oscar norte-americano, Macário traça um panorama do campesinato mexicano de sua época.
Serviço
Local: Auditório do Museu da República
Data: 10 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 19h30

O FestiArte também anima as cidades satélites


A programação do I Festival Internacional de Artes de Brasília preencheu o Distrito Federal com suas atrações. Além dos pontos mais famosos como o Teatro Nacional, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o Museu da República, a Biblioteca Nacional e o Cine Brasília, as cidades satélites também foram lembradas e receberam diversas atrações.

Espetáculos de teatro foram apresentados na Estrutural, em São Sebastião, e shows como da banda Vanguart e da cantora Vanessa da Mata aconteceram, respectivamente, em Taguatinga e no Ginásio de Sobradinho.

A última semana de FestiArte leva mais atrações teatrais para as cidades de Sobradinho e Estrutural. Além dessas, o Guará também fará parte da programação. No dia 10 de fevereiro, às 17h, na Praça da Administração da Estrutural, será apresentada, novamente, a peça Meu Chapéu é o Céu.

No dia 12 de fevereiro, às 20h, em Sobradinho, será é a vez da peça "As caixas, as trouxas e as fronhas". Entre caixas, trouxas e objetos, o espetáculo discute os caminhos para se encontrar a felicidade. A personagem da peça vive na solidão, em busca de libertação. Para espantar a tristeza refugia-se no mundo de canções e festejos. Seu sonho de vida é o desejo de ser aceita. Sua terra, suas raízes, o nordeste revelando um interior de misturas e medos.

No mesmo dia, a Feira do Guará recebe uma mistura de ritmos nordestinos, às 18h. Para relembrar e manter sempre viva a energia de Seu Teodoro, o Tambor de Crioula do mestre será apresentado na satélite. O trabalho deixado por Seu Teodoro, morto no início do ano, continua a brindar o povo com saberes e sabores maranhenses. Para completar a festa, a banda Pé de Cerrado celebra a música nordestina popular. Entre os baiões de Luiz Gonzaga e maracatus rurais, a banda promete animar os festejos pré-carnavalescos de Brasília.

Todas as atrações serão gratuitas. Para informações sobre como retirar seu ingresso clique aqui.




Luiza Possi e Ligiana Costa encerram o FestiArte


Luiza Possi. Foto: Carol Volpe/SESC CAmpinas Dez 2011

A cantora Luiza Possi vem à capital para encerrar a programação do I Festival Internacional de Artes de Brasília, neste domingo, 12 de fevereiro. Com mais de 10 anos de carreira e seis álbuns lançados, a cantora traz ao FestiArte o repertório do CD Seguir Cantando, lançado em 2011, além de antigos sucessos.

Ligiana. Foto: Sébastien Dolidon
Filha de Zizi Possi, Luiza está em contato com música desde a infância.  Apesar disso, só chegou a se apresentar em público em 1999. De lá para cá, o sucesso tem tomado conta de sua carreira. Os prêmios foram muitos, dentro e fora do Brasil, e as músicas passaram a compor as playlists do Brasil, sendo tocadas em novelas, rádios e filmes. As canções, que mesclam arranjos dançantes e melodias românticas, prometem embalar o público da Sala Villa-Lobos.

A abertura do show fica a cargo da cantora, compositora e musicóloga Ligiana Costa, que apresenta o repertório do disco “De amor e Mar”. Ligiana é tida por muitos como uma das mais inventivas cantoras da música brasiliense.

Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 12 de fevereiro (domingo)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece a partir das 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Senhas serão distribuídas na mesma fila a partir das 12:30. A entrada é franca.

Mostra Grandes Figuras do Cinema Mexicano toma o Museu da República durante o final de semana

Roberto Corrêa e Cacai Nunes celebram a cultura popular


Roberto Corrêa/Divulgação

Na noite de sábado, o I Festival Internacional de Artes de Brasília será dedicado à viola. Roberto Corrêa, violeiro, compositor e pesquisador, será o anfitrião da festa. O músico tornou-se referência nacional com o instrumento. Sua trajetória musical ganhou força com as pesquisas sobre a cultura, a mística e as produções que envolvem a viola caipira. O trabalho de Roberto, mineiro radicado em Brasília, tem levado a música do sertão brasileiro aos palcos do mundo inteiro e dessa vez sobe ao palco da Sala Villa-Lobos.

Cacai Nunes. Foto: Alexandre Magno
Quem abre os trabalhos na noite é Cacai Nunes. O jovem violeiro, pernambucano de origem e criado em Brasília brinda a cidade com sua versatilidade musical, fruto, também, de suas pesquisas sobre a música popular brasileira do último século. Cacai apresenta um programa na Rádio Nacional FM com o nome “Acervo Origens” e tem como ofício o resgate da memória cultural do país.

Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 11 de fevereiro (sábado)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.

Programação 11 de fevereiro


Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional e o Ballet de Brasília apresentam Pedro e o Lobo

A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional e o Ballet de Brasília apresentam obra infantil na sala Villa-Lobos. O espetáculo é Pedro e o Lobo, de 1936. Composta por Sergei Prokofiev, a obra explora a sonoridade dos instrumentos como personagens de uma história. Baseado em um conto russo, a obra tem enfoque na conscientização infantil quanto aos timbres de instrumentos de uma orquestra.

A Sinfônica do Teatro Nacional, que existe desde 1979, é regida, atualmente, pelo Maestro Cláudio Cohen e se apresentará em duas sessões, às 10 e 19h do dia 11 de fevereiro. O ballet tem a direção de Giselle Santoro. É uma grande oportunidade de levar as crianças ao contato com a música erudita e o balé.

Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 11 de fevereiro (Sábado)
Horário: 10h e 16 h
A retirada de ingressos acontece do mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.

Ser Tão Teatro apresenta o espetáculo Flor de Macambira no Teatro Nacional


O espetáculo Flor de Macambira, apresentado pelo grupo paraibano Ser Tão Teatro, teve início na Universidade Federal da Paraíba, em 2007. A peça é uma festa que faz referências diretas à cultura popular brasileira. Por meio de técnicas circenses, conta-se a história da jovem Catirina, a mais bela flor da Fazenda Macambira, que passa a conviver com as tentações mundanas como um resgate de sua própria história.

Flor de Macambira. Foto: Anderson Silva
Com a direção de Christina Streva, a montagem é baseada na obra “O coronel de macambira”, de Joaquim Cardozo, publicada em 1963. Sucesso de público e crítica, o espetáculo tem conquistado o Brasil pelas ruas e teatros e promete trazer o melhor da tradicional cultura pernambucana a Brasília.

Serviço
Local: Sala Martins Pena, Teatro Nacional
Data: 10 e 11 de fevereiro (sexta-feira e sábado)
Horário: 21h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional. A entrada é franca.

Embaixada da China apresenta a tradicional Festa da Primavera do país

Na sexta-feira, 10 de fevereiro, a Sala Villa-Lobos recebe um show sobre a tradicional cultura chinesa. A Festa da Primavera simboliza a comemoração do ano novo chinês de acordo com o calendário lunar e será apresentada em Brasília.

Com danças exóticas, roupas mais coloridas e os famosos dragões que decoram as ruas de Pequim e demais cidades chinesas nesse período. Segundo a Embaixada da China, é a primeira vez que o espetáculo é apresentado nesse formato fora do país. Chamam atenção, a iluminação e os figurinos do show, com referenciais bastante diferentes da produção de palco do ocidente. É uma oportunidade ótima para apresentar as referências culturais do oriente a toda a família.

Confira algumas fotos do espetáculo.
Festa da Primavera/Divulgação

Festa da Primavera/Divulgação

Festa da Primavera/Divulgação

Festa da Primavera/Divulgação

Festa da Primavera/Divulgação

Pedro Mariano apresenta novo disco em Brasília


Pedro Mariano/Divulgação

Elis Regina morreu há 30 anos, deixando uma obra extensa e fundamental para os rumos que a música brasileira tomou daí por diante. A influência da cantora gaúcha, extensiva a todo o país, ressoou com mais força em sua própria casa. Com César Camargo Mariano, Elis teve seus três filhos músicos que hoje são tendência na nova música popular do Brasil. Além do sucesso estrondoso de Maria Rita e do piano educado de César Mariano, Pedro Mariano vem conquistando grandes plateias por onde passa.

Com seus 36 anos de vida e 17 de carreira musical, o cantor sabe bem de onde e para que veio ao mundo.  “Cresci numa casa em que vivíamos música o dia inteiro. Nunca pensei em fazer outra coisa, só isso. Hoje vejo que é o grande combustível da minha vida”, diz o músico. “O ato, a criação e o seu momento.” O trecho da canção Rebento, de Gilberto Gil, gravada e interpretada por Elis Regina, pode ser designado à obra de Pedro. Seu trabalho tem referências claras ao que ouvia desde a infância e, mais do que isso, está em constante processo de experimentação e mudança.

Em Brasília, Pedro Mariano apresentou o segundo show de sua nova turnê, que teve estreia na noite anterior, no Citybank Hall, em São Paulo. O mais recente trabalho de Pedro chama-se “8”. Apesar de o músico estar começando a turnê agora, o disco está nas lojas desde dezembro e já tem bons resultados de vendas, fato que contraria a tendência do mercado de discos.

Tamanho sucesso é confirmado nos shows de Pedro Mariano: seu público é grande e fiel. A sala Villa-Lobos estava lotada no último domingo, com uma plateia que cantava, em coro, todas as canções do artista. O quarteto de músicos acompanha Pedro há alguns anos, Conrado Goys (violões e guitarras), Thiago Rabello (bateria), Leandro Matsumoto (baixo) e Marcelo Elias (teclados e direção musical), são grandes responsáveis pelo virtuosismo do show. Pedro Mariano segue em turnê pelo Brasil, divulgando o trabalho, que conta com parcerias como Luiza Possi, Dudu Galvão e Jair Oliveira.

Angel Vianna se reinventa em “Qualquer coisa a gente muda”



“Eu amo viver e quanto mais eu danço, mais jovem eu fico”, foram essas as palavras de Angel Vianna para explicar de onde vêm sua vitalidade e seu vigor. Com 83 anos de idade, sendo 63 de carreira, Angel explica que conhecer o corpo é uma forma de saber utilizar o instrumento que se tem às mãos. “O seu corpo é o seu instrumento, quanto mais você move, mais ele te dá resposta”, afirma ela, com a energia e a felicidade de quem ama o que faz.

Sem poupar sorrisos e simpatia, Angel, mesmo depois de 40 minutos de espetáculo, contou um pouco de sua trajetória. Ao lado de Maria Alice Poppe, ela falou sobre o que a motiva (a dança), a importância do corpo e o segredo de sua vitalidade.

Angel afirma que desde criança teve grande curiosidade pela execução de movimentos. Atualmente, fala com naturalidade sobre o corpo-ferramenta, no sentido de este ser o objeto a que todos podem explorar de acordo com sua necessidade.

A professora lembra a quantidade de pessoas que querem conquistar objetivos e não conseguem, pois não sabem educar o seu corpo para isso. “O grande instrumento da vida é o nosso corpo, quanto mais você o conhece, melhor é o resultado”, afirma, com a sabedoria de uma mulher que tem completo domínio e fascínio sobre o assunto. O que explica de alguma forma, como ela mantém tanta energia.

Renato Mangolin/Divulgação
O espetáculo apresentado no FestiArte, ‘Qualquer Coisa a Gente Muda’, nasceu como homenagem a  Angel, que é uma das mais importantes figuras da história da dança no Brasil. O projeto surgiu em Belo Horizonte, em um encontro de dança, onde ela foi convidada a participar de mais um espetáculo. Dessa vez, porém, ela não quis subir ao palco sozinha e para isso convocou Maria Alice Poppe e João Saldanha para acompanhá-la.

Maria Alice Poppe é amiga de Angel e foi sua aluna por algum tempo. A discípula deixa claro a quem deve parte de seu aprendizado. “Eu descobri a dança, o prazer de dançar, o corpo, com a Angel, na escola dela”, diz. Maria Alice tem, no palco, expressões fortes e emocionantes, fruto do intenso trabalho de consciência corporal adquirido ao longo da carreira, o que dificulta o desvio de atenção a cada movimento. A conexão estabelecida entre as duas, em cena, é muito forte, o que torna a montagem ainda mais visceral.

João Saldanha atua como diretor, e foi peça fundamental na montagem e coreografia do espetáculo. Em tom bem humorado, Angel explica que o  nome do espetáculo surgiu quando da ansiedade de João pela escolha de um título para a montagem, a que Angel Vianna respondeu: “Não tem problema, qualquer coisa a gente muda”, e assim ficou.

O espetáculo já foi apresentado em diversos estados brasileiros e é sucesso por onde passa. O motivo é claro: ver grandes bailarinos em cena pode ser um exercício de aprendizado, não só entre os envolvidos com o ofício, mas para todos os que querem ser tocados.

Programação 5 de fevereiro


Pedro Mariano e Kris Maciel se apresentam no FestiArte

Kris Maciel/Divulgação
Pedro Mariano/Divulgação
A noite deste domingo trará ao palco da Sala Villa-Lobos o músico Pedro Mariano. Filho de Elis Regina, o cantor com mais de 15 anos de carreira vem à Brasília apresentar canções do último álbum. Com mais de 10 trabalhos lançados, Pedro que chegou a tentar carreira de arquiteto, se rendeu aos dotes musicais somente em 1995, ano em que gravou seu primeiro CD, em parceria com o irmão.
A abertura do show fica a cargo de Kris Maciel. Seu repertório é baseado nos compositores que admira, dentre eles Nelson Cavaquinho, Tom Jobim, Cartola, D. Ivone Lara, João Nogueira, Clara Nunes, Elis Regina e Jovelina Pérola Negra.


Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 5 de fevereiro (domingo)
Horário: 20h
Ingressos: A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.




O Marajá Sonhador, espetáculo da Cia. Os Buriti
Cia. Os Buriti/Divulgação
O espetáculo O Marajá Sonhador é destinado a todos os públicos. A peça faz referência ao universo lúdico das lendas conta com o ritmo dos tambores, com a força dos movimentos e da cadência narrativa das palavras.
O texto é assinado por Eliana Carneiro e possibilita a utilização da dança para resgatar vários dos aspectos imaginários das lendas brasileiras. Para isso, mistura bonecos, música e vídeos para ressaltar histórias referentes aos nossos antepassados, sendo assim, um espetáculo para todas as idades.
Serviço
Local: Sala Martins Penna, Teatro Nacional
Data: 5 de fevereiro (domingo)
Horário: 16h e 20h
Ingressos: A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Mostra de cinema 1 Longa, 1 Curta
A mostra apresenta o cinema venezuelano, do tradicional ao contemporâneo, sempre no Museu da República, em horários diversos e com entrada franca. Até 5 de fevereiro. Confira a programação completa aqui.

Mostra Lars von Trier
A mostra retoma a obra do cineasta dinamarquês Lars von Trier, no CCBB e Cine Brasília, incluindo as últimas produções do artista. Até 5 de fevereiro.
Confira a programação completa aqui.

Programação 4 de fevereiro


Wagner Tiso se apresenta na Villa-Lobos


Wagner Tiso e o Som Imaginário Foto:  Rodrigo Sabatinelli

O I Festival Internacional de Artes de Brasília recebe Wagner Tiso e o grupo Som Imaginário. O músico, arranjador, regente, pianista e compositor é referência no cenário artístico brasileiro e mundial. Tiso participou, em 1964, do conjunto Sambacana e ao longo de sua carreira já acompanhou diversos artistas, como Cauby Peixoto, Ivon Cury, Maysa e Marcos Valle. Em 1970, Wagner Tiso juntou-se à banda Som Imaginário, que acompanhava as apresentações de Milton Nascimento.
A abertura do show fica a cargo do grupo Marambaia.  A banda desenvolve um trabalho instrumental com composições inéditas, mantendo as influências de seus ídolos.
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Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 4 de fevereiro (sábado)
Horário: 20h
Ingressos: A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Qualquer Coisa a Gente Muda
Foto: Renato Mangolin

A bailarina Angel Viana, de 83 anos, se apresenta junto a Maria Alice Poppe e João Saldanha, na sala Villa-Lobos.
Serviço
Local: Sala Martins Penna, Teatro Nacional
Data: 3 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 21h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Espetáculo Meu Chapéu é o Céu tem sessão na Estrutural


O espetáculo da companhia brasiliense Instrumento de Ver une acrobacias, criatividade e comicidade, fruto das influências recebidas das técnicas clown e do circo-teatro. A peça conta a história de duas lavadeiras que trabalham na companhia de um ser encantado que surge e interage com as mulheres, gerando resultados diversos.


Serviço
Local: Administração da Estrutural
Data: 4 de fevereiro (sábado)
Horário: 17h e 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.          


                                                                      
Lançamento do DVD Cia Alaya Dança
A Cia Alaya Dança lança seu DVD no I Festival Internacional de Artes de Brasília.
Serviço
Local: Foyer da Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 4 de fevereiro (sábado)
Horário: 17h30
Dispensa a retirada de ingressos. A entrada é franca.

Mostra de cinema 1 Longa, 1 Curta
A mostra apresenta o cinema venezuelano, do tradicional ao contemporâneo, sempre no Museu da República, em horários diversos e com entrada franca. Até 5 de fevereiro. Confira a programação completa aqui.

Mostra Lars von Trier
A mostra retoma a obra do cineasta dinamarquês Lars von Trier, no CCBB e Cine Brasília, incluindo as últimas produções do artista. Até 5 de fevereiro.
Confira a programação completa aqui.

Ney Matogrosso: 70 anos de reinvenção


Quem vai a um show de Ney Matogrosso esperando um memorial das décadas de 1960/70, pode se frustrar. Do alto de seus 70 anos, com 40 só de carreira, o músico mato-grossense é o melhor exemplo de quem pode ser chamado integrado. Novos tempos chegam e Ney não só os acompanha como se reinventa cada dia mais. Recentemente, em entrevista à apresentadora Marília Gabriela, o cantor posicionou-se em relação à luta contra a homofobia. Sobre a hanseníase, doença que ainda afeta parte considerável da população brasileira, Ney já vem falando há alguns anos, e chegou a liderar uma campanha de erradicação.

Foto: Limoncino Oliveira
O ativismo do músico deve ser visto, segundo ele, como “o cumprimento de um papel de cidadão”. Ney não se envolve em política. Quando perguntado sobre temas que envolvem as agendas parlamentares, ele pede para não comentar. Mais interessa ao cantor a composição de um bom repertório. Nisso, a inventividade de Ney Matogrosso não tem limites. Entre a generosidade e os bons trabalhos de experimentação estética, o cantor inseriu no currículo a gravação um disco inteiro com a, à época, iniciante banda Pedro Luís e a Parede, em 2003. Para o próximo disco a ser gravado, Ney já seleciona jovens compositores de todo o Brasil, em um trabalho pop de muita experimentação, tal como o disco “Inclassificáveis”, de 2008.

Em Brasília, o músico apresentou seu último show gravado em DVD no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Beijo Bandido. Um repertório com grandes clássicos do cancioneiro popular brasileiro recebem arranjos sóbrios e inventivos nas mãos do diretor musical Leandro Braga. Dentre as canções de destaque, “Tango pra Tereza”, “Da Cor do Pecado”, “A Distância”, “Doce de Coco”, “Bicho de 7 Cabeças II” e “Mulher sem Razão”. A banda, composta pelo piano de Leandro, a percussão e Felipe Roseno e as cordas de Lui Coimbra e Alexandre Casado, adquire caráter orquestral ao longo do show.

E nem só os arranjos são sóbrios. Ney sobe ao palco vestindo um terno bege, assinado por Ocimar Versolato e mostrando o rosto, com menos maquiagem. A interpretação das canções, no entanto, remete à extravagância do personagem. Ney se coloca ainda mais sensual em Beijo Bandido. Troca olhares com a plateia como em uma conquista e, por vezes, dança em ritmo lento com os quadris e deita-se sobre uma cadeira alta que compõe o cenário.

Foto: Limoncino Oliveira
A construção de um desinibido Ney Matogrosso ao longo dos anos foi, também, a possibilidade de continuar nos palcos. Ney começou a cantar em Brasília. Aqui ele se apresentou em bares e boates, mas não usava nenhum recurso estilístico ou estético como defesa, e isso o mantinha muito inseguro. Ao contrário do que se pensa, o cantor é muito tímido. Segundo ele, “quanto ao Secos & Molhados, o personagem  era uma defesa. Aquilo não só me ocultava como me manteve incógnito durante muito tempo.”

Se hoje ele se apresenta com a cara limpa, é porque dentre os constantes rumos artísticos que Ney já tomou ou pode vir a tomar, outros desafios e propostas estilísticas sempre surgem. Os repertórios passam por ele de maneira singular. “Eu não tenho tristeza de me despedir de nada; já houve momentos em que eu fiz três ao mesmo tempo”, comenta sobre a relação com os shows criados.


Sobre o tempo de carreira, Ney considera-se livre para fazer o que bem entende depois de 40 anos, para se reinventar mesmo achando que alguns padrões de comportamento regrediram. Ele comenta, ainda, que depois desse tempo de carreira, parece que tudo passou muito rápido e que tem tudo na memória como se fosse recente. Mas quando perguntado sobre o sentimento de saudosismo, o cantor responde com veemência: “não sou nem um pouco. O problema é que o Brasil está mais careta”.