Programação 1º de fevereiro


Caroline Bittencourt/Divulgação
Filipe Catto + InNatura
. A noite do dia 1º de fevereiro promete apresentar a Brasília uma grande revelação da música brasileira. O 1º Festival Internacional de Artes de Brasília traz à capital o carisma e o talento do jovem músico gaúcho Filipe Catto.

Aos 21 anos, o cantor, que se lançou pela internet, já tem empatia do público e crítica, e é apontado como a grande novidade da música popular brasileira dos últimos tempos.

O compositor promete surpreender em sua primeira aparição em Brasília, com o show de seu disco “Fôlego”. “Saga” é sua canção de trabalho, já conhecida por fazer parte da trilha da novela brasileira “Cordel Encantado”. O show de abertura fica a cargo da banda InNatura.



In Natura/Divulgação
Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 01 de fevereiro (quarta-feira)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.





Buquê - Margaridas Dança

O espetáculo Buquê, da Companhia Margaridas Dança, estreou em outubro de 2011, no Curto Circuito de Poesia, em Brasília. É baseado em livro homônimo, da coreógrafa, diretora, bailarina e escritora, Laura Virgínia. Com Buquê, a companhia objetiva pesquisar, produzir e divulgar criações desenvolvidas a partir da transdisciplinaridade da dança, literatura, música, videodança e performance. No espetáculo, o público se depara com quatro momentos trazidos originalmente do livro para o palco.

A companhia Margaridas Dança já produziu diversos espetáculos baseados na obra literária de autores como Clarice Lispector, Hilda Hilst e a americana Elisabeth Bishop. Buquê surgiu com a intenção de comemorar os 20 de carreira da coreógrafa Laura Virgínia, num espetáculo onde fosse possível mostrar algumas características da diretora.


Serviço
Local: Sala Martins Penna, Teatro Nacional
Data: 01 de fevereiro (quarta-feira)
Horário: 21h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.



Retrospectiva Lars Von Trier

A Mostra CCBB em Cartaz Retrospectiva Lars Von Trier continua. Nesta quarta será exibido o filme Dogville (178 min. | 2003 | 16 anos), no Cine Brasília.

Serviço
Local: Cine Brasília
Data: 01 de fevereiro (quarta-feira)
Horário: 19h30
A retirada de ingressos acontece no mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência. A entrada é franca.

Filipe Catto: novo timbre brasileiro



Caroline Bittencourt/Divulgação
A noite do dia 1º de fevereiro promete apresentar a Brasília uma grande revelação da música brasileira. O 1º Festival Internacional de Artes de Brasília traz à capital o carisma e talento do jovem músico gaúcho Filipe Catto. Aos 21 anos, o cantor, que se lançou pela internet, já tem empatia do público e crítica, e é apontado como a grande novidade da música popular brasileira nos últimos tempos.

As performances de Filipe, apesar de lembrarem o estilo do cantor Ney Matogrosso, ganham força pela originalidade. Dramático sem ser nostálgico, sua atitude passa por verve roqueira, mas não deixar de lado a sofisticação estética que julga necessária. Suas letras compõem um repertório que une charme e crueza. No show, há espaço, por exemplo, para uma versão sofisticada da canção “Garçom”, de Reginaldo Rossi.

Filipe Catto começou a cantar ainda menino, em festas e bailes, acompanhado por seu pai. Desde pequeno, afirmava que seu destino era compor e cantar. O jovem demonstra muita intimidade com o microfone e o público. Tem timbre raro, capaz de envolver a plateia.

O compositor promete surpreender Brasília, em sua primeira aparição na cidade, com o show de seu disco “Fôlego”. É uma ótima oportunidade de conhecer novos talentos. “Saga” é sua canção de trabalho, já conhecida por fazer parte da trilha da novela brasileira “Cordel Encantado”. O show de abertura fica nas mãos da banda InNatura.


Serviço
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 01 de fevereiro (quarta-feira)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece a partir das 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.

A saudável nostalgia de Oswaldo e Madalena


Oswaldo Montenegro é o poeta da saudade. No último domingo, 29 de janeiro, o cantor e compositor subiu ao palco da sala Villa-Lobos do Teatro Nacional com a Orquestra Filarmônica de Brasília. Junto à flautista Madalena Salles, sua maior parceira musical e inspiração de toda a carreira, o músico apresentou grandes sucessos da carreira, que já tem mais de 30 anos.

Tudo começou em Brasília. Nascido no Rio de Janeiro e tendo sido criado em São João Del Rey, Oswaldo viveu parte de sua juventude na capital. Aqui conheceu Madalena e tudo o que poderia levá-lo aos palcos definitivamente. “A cidade estava por se fazer. Tive uma oportunidade ímpar, aqui, de preencher espaços; tudo era espaço. A gente fazia teatro e música de uma maneira pioneira”, diz o cantor.

Na cidade, montando espetáculos ou compondo para amigos, Oswaldo Montenegro pode conhecer grandes amigos para a vida, como Zélia Duncan ou Cássia Eller. Segundo Madalena, ainda são mantidos os contatos com as pessoas que se tornaram profissionais das artes. “Quando nós morávamos aqui, trabalhávamos com amadores que ansiavam por fazer algo em Brasília”, comenta a flautista.

Foto: Rita Vicente
Mesmo não tendo mantido relações com quem trabalhou, Oswaldo é tido como patrimônio da cidade. As canções de musicais como “Veja Você Brasília” ou “Léo e Bia” são hinos candangos passados através de gerações. Hoje, nem o cantor, nem a flautista, conhecem mais Brasília. Madalena não consegue compreender as mudanças da cidade. Já Oswaldo se diz obsessivo pelas mesmas coisas, em Brasília: “eu sempre encontro as mesmas pessoas e vou pro mesmo lugar. Antes daquele Pontão existir, eu não me lembro nem pra onde eu ia”, comenta.

Os tempos de desvendar a cidade já passaram, mas não o afeto pelas canções, nem por parte do público, nem pelo autor. Das faixas mais novas aos clássicos, tudo foi aplaudido com veemência pelo público. A sala do teatro estava lotada e a receptividade foi ainda maior. Sobre a sala Villa-Lobos, Oswaldo diz: “É emocionante estar aqui. Eu já vim tantas vezes e em tantas épocas diferentes da minha vida. Lembro-me, principalmente, de situações afetivas nesse teatro”.

Com muitas piadas entre as canções, Montenegro conquista o público. Nas interpretações, saúda a todos com canções de tom saudoso. Assim é o poeta: versa sobre saudades, traduzindo-a entre bons e maus sentimentos. Sua relação com Brasília, talvez, esteja ligada a uma nostalgia que está presente em toda a cidade, na projeção de um futuro tão instigante quanto o tempo em que Oswaldo viveu por aqui.

Eumir Deodato e o Brasil que o mundo vê



No último sábado, 28 de janeiro, o FestiArte recebeu, na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, o músico brasileiro Eumir Deodato. Para quem acha que não conhece esse nome, deve saber que é um dos mais aclamados arranjadores brasileiros no mundo. Basta ouvir algumas versões originais de músicas dos grandes Festivais da Canção da década de 1960, entrar em contato com um disco de Frank Sinatra e Björk ou ouvir a trilha sonora do clássico filme 2001 - Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, para se reconhecer Eumir.

Lucas Formiga/FestiArte
O músico vive nos Estados Unidos há alguns anos e tem vindo mais ao Brasil, em um processo de reencontro com as origens artísticas. Eumir tem se interessado cada vez mais pelo público de seu país de origem. “Nos EUA, as pessoas perderam o interesse para festivais como esse, que acontece agora em Brasília. Os poucos que ainda restam são de cunho muito tradicional e tudo ficou polarizado; não há tanto espaço para as misturas”, afirma.

Junto a um contrabaixista e um baterista, Eumir Deodato apresentou grande parte de suas composições de sucesso, aliadas a alguns clássicos da bossa-nova e dos afro-sambas. Como o próprio arranjador ressalta, “mesmo que saia desse país por muito tempo, tudo o que eu faço tem sabor brasileiro; e isso eu nunca perdi”.

Entre as boas histórias, com personagens fundamentais para a cultura pop e/ou contestadora de todo o século XX, Deodato demonstra muita simpatia. No camarim, uma fila aguardava o músico para tirar uma foto ou bater um papo após o show. Brasília queria conhecer o arranjador que desperta interesse em todo o mundo, que inclui o universo musical brasileiro nas experiências instrumentais contemporâneas.

Festivais, leis e outras conversas

Foto: Rita Vicente
Foi um show memorável. Ao som de “Conto de Areia”, Renata Jambeiro arrancou aplausos entusiasmados da platéia. Quando Vanessa da Mata entrou no palco, cantando “Vermelho”, e rodou sua saia, ninguém mais permaneceu sentado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Depois de dominarem o palco contagiarem a platéia, as cantoras ainda tiveram um encontro com a imprensa, nos camarins.

Ao invés de um debate estritamente musical, a coletiva de imprensa teve caráter bastante político. As cantoras foram perguntadas e mantiveram posicionamentos fortes em relação a grandes polêmicas do cenário político e social. As leis protecionistas do SOPA, o novo código florestal e a lei da Ficha Limpa estiveram em pauta.

Vanessa da Mata declarou achar importante que iniciativas como o FestiArte promovessem encontros, e dessem oportunidades a novos talentos. Com o bom-humor característico, afirmou que sempre participa de realizações desse tipo. “Eu costumo participar sempre. Quando me chamam, eu vou”, comenta, rindo.

O assunto em destaque, porém, foi o questionamento sobre novas leis de proteção de conteúdo autoral norte-americanas, como o SOPA. Renata Jambeiro lembrou que a geração atual faz parte de um processo de transição, pois em sua infância ainda não se tinha acesso à internet.

A sambista avalia as mídias sociais como um veículo importante para divulgação, já que seu trabalho é independente. Mas também vê problemas na questão dos direitos autorais na rede. “Existe uma dificuldade grande para o dinheiro chegar à mão do compositor”, afirma. Para a cantora, a internet não é um vilão, pois cada um a utiliza da maneira que acha correta, o que a faz adquirir caráter benéfico ou não.

 Vanessa da Mata, por sua vez, aproveitando a deixa da temática, demonstrou sua preocupação com o novo Código Florestal brasileiro. As cantoras comentaram também a falta de atenção da população com esses assuntos, e com coisas cotidianas como o zelo pelo meio ambiente, ou a votação da Lei da Ficha Limpa. Vanessa finaliza ao comentar o risco de permanecer na passividade, ao aceitar, sem reagir, a tudo que acontece de errado e deixa um recado à imprensa: “É o papel de vocês dar publicidade a estes temas.” 

Programação 29 de janeiro


Oswaldo Montenegro e Orquestra Filarmônica
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Foto: Lauro Capellari
O cantor Oswaldo Montenegro é uma das atrações deste domingo, no I Festival de Artes de Brasília. Com 40 anos de carreira e mais de 40 álbuns lançados, além de 5 DVDs, o músico chega a Brasília com canções de seu último trabalho, o CD De Passagem, além de músicas de grande sucesso.
O novo show conta com enorme variedade de estilos. Do xaxado ao blues, da balada ao baião, conjugando ceticismo, rebeldia e dialética nas letras. Empunhando a viola de 12 e de 6 cordas e teclado, ele sobe ao palco acompanhando pela flautista Madalena Salles, sua parceira profissional há mais de 30 anos.
Oswaldo Montenegro se apresentará junto à Orquestra Filarmônica de Brasília.
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Serviço: Oswaldo Montenegro e Orquestra Filarmônica
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 29 de janeiro (domingo)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.

Ultrapassa - Cia. Nós do Bambu
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Foto: Márcio Henrique de Carvalho
O espetáculo Ultrapassa, apresentado pela Cia. Nós do Bambu, é mais uma das atrações do FestiArte Brasília. Com nove integrantes em cena e um cenário feito de bambu, a peça dialoga com a rotina de atletas que vivem derrotas e vitórias dentro de universo esportivo e excessivamente competitivo.
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Serviço: Ultrapassa
Local: Sala Martins Penna, Teatro Nacional
Data: 29 de janeiro (domingo)
Horário: 16h e 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.






Retrospectiva Lars Von Trier
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A mostra CCBB em Cartaz Retrospectiva Lars Von Trier continua em exibição no Cine Brasília. Neste domingo serão exibidos os filmes Os Idiotas  (117 min. | 1998 | 18 anos) e Dançando no Escuro (140 min. | 2000 | 16 anos).
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Serviço: Os Idiotas
Local: Cine Brasília
Data: 29 de janeiro (domingo)
Horário: 17h
A retirada de ingressos acontece no mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência. A entrada é franca.
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Serviço: Dançando no Escuro
Local: Cine Brasília
Data: 29 de janeiro (domingo)
Horário: 19h30
A retirada de ingressos acontece no mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência. A entrada é franca.




Programação 28 de Janeiro


Eumir Deodato e Trio
Eumir Deodato e Trio celebram, no palco da sala Villa-Lobos, os principais sucessos da carreira. Eumir começou tocando acordeon e piano no Rio de Janeiro, onde nasceu, e teve aulas no Conservatório. No fim dos anos 50 se aproximou de músicos do núcleo da bossa nova, mas firmou-se como arranjador, trabalhando em discos de Marcos Valle, Wilson Simonal e no álbum "Inútil Paisagem", com músicas de Tom Jobim. Mudou-se para os Estados Unidos em 1967 e lá se consagrou. Fez arranjos para famosos músicos norte-americanos, como Frank Sinatra, Roberta, Kool and the Gang, e para a cantora islandesa Björk. Gravou em 1972 o clássico disco "Donato/Deodato", com João Donato.
Seu projeto de maior sucesso aconteceu em 1972, quando fez os arranjos de "Assim Falou Zaratustra", música de Richard Strauss que virou tema do filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick. Deodato trabalhou em diversas trilhas sonoras hollywoodianas. No total, participou como compositor, arranjador, produtor ou instrumentista de cerca de 500 discos e ganhou mais de 15 discos de platina. Para o show de Brasília, Eumir Deodato traz um repertório que contempla Baden Powell e Vinicius de Moraes, George Gershwin e Richard Strauss.
A abertura do show fica a cargo do Grupo Sai da Frente, que reúne composições próprias e elabora arranjos refinados.

Serviço: Eumir Deodato e Trio + Grupo Sai da Frente
Local: Sala Villa-Lobos, Teatro Nacional
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.


Vanessa da Mata, GOG e Luz do Samba

Em seu segundo show no I Festival de Artes de Brasília, a mato-grossense Vanessa da Mata apresentará, dessa vez ao público de Sobradinho, músicas de seu trabalho mais recente, além de sucessos mais antigos. O evento contará também com as presenças do rapper GOG e do Grupo Luz do Samba, do DF.
A carreira de Vanessa começou quando ela tinha apenas 16 anos e cantava em bares de São Paulo. Aos 21 anos conheceu Chico César e, com ele, compôs a canção "A força que nunca seca", gravada por Maria Bethânia, que a fez título de seu disco de 1999. A partir disso, a carreira de Vanessa da Mata deslanchou. Vencedora do Grammy Latino de Melhor álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro pelo disco Sim, a cantora chega a Brasília na turnê de seu quarto álbum: Bicicletas, bolos e outras alegrias e promete agitar a noite de sexta-feira.
O rapper GOG se apresenta pela segunda vez no Festival. O músico une o universo da cultura hip-hop à canção contemporânea, samples clássicos da MPB e elementos da música do mundo. GOG representa a canção brasiliense de protesto em todo o país e é reconhecido como ícone do movimento hip-hop da geração de 1990, junto aos grandes MCs de São Paulo.

Serviço: Vanessa da Mata, GOG e Luz do Samba
Local: Ginásio de Sobradinho
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece a partir das 9h do mesmo dia, na Galeria de Artes Vincent Van Gogh (localizada na quadra 8 de Sobradinho)

Um Corpo Acústico

O espetáculo Um Corpo Acústico, que teve sua estréia no Festival Panorama no Rio de Janeiro em novembro de 2011, surgiu das inquietações do bailarino Edson Beserra em relação ao caos nos processos de comunicação humanos.
Por acreditar no diálogo como ferramenta eficaz para o entendimento das necessidades individuais e coletivas, o bailarino propôs ao iluminador Moizés Vasconcelos e ao músico Tomás Seferin um exercício de escuta, cada um com suas tecnologias, sensos estéticos e ferramentas próprias. O resultado cênico é alcançado através da improvisação coletiva onde o resultado é efêmero e por isto mutável. Cada espetáculo acontece de uma maneira diferente e o publico presente é convidado a uma viagem única.

Serviço: Um Corpo Acústico
Local: Sala Martins Penna, Teatro Nacional
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 21h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.


Retrospectiva Lars Von Trier

A mostra CCBB em Cartaz Retrospectiva Lars Von Trier continua no final de semana. Neste sábado serão exibidos os filmes Ondas do Destino (159 min. | 1996 | 16 anos) e Melancolia (136 min. | 2011 | 14 anos). A sessão de Melancolia será seguida de debate com o professos Peter Schepelem - "Lars Von Trier - Um Gênio do Escândalo".

Serviço: Ondas do Destino
Local: CineBrasília
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 14h40
A retirada de ingressos acontece no mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência. A entrada é franca.


Serviço: Melancolia + Debate
Local: CineBrasília
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 18h
A retirada de ingressos acontece no mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência. A entrada é franca.


Renata Jambeiro e Vanessa da Mata trazem noite dançante ao FestiArte


Alegria e comoção tomaram conta do Centro de Convenções na noite de ontem (27 de janeiro). As responsáveis pela festa foram duas cantoras que soltam seus cabelos confirmando origens e têm chamado atenção por onde passam: Vanessa da Mata e Renata Jambeiro.

Renata, brasiliense por nascimento e carioca de coração, interpretou sambas históricos. Seu repertório mescla canções conhecidas em carnavais e rodas com faixas de seu último trabalho de pesquisa, Sambaluayê. Convoca-se, neste show, a ancestralidade negra africana, com arranjos que valorizam a sonoridade dos instrumentos de corda e percussão-base do samba.

Um dos pontos altos do show foi a execução da canção “Conto de Areia”, em homenagem a Clara Nunes. A cantora estava bastante emocionada durante o show e a receptividade da platéia promoveu uma troca poucas vezes vista. No meio do espetáculo, o público levantou-se para aplaudi-la, em agradecimento ao trabalho realizado ao longo dos 20 anos de carreira, em Brasília. Apadrinhada por Dona Ivone Lara e torcedora inveterada do Império Serrano, Renata Jambeiro colocou toda a platéia para dançar, abrindo os caminhos para Vanessa da Mata.

E Vanessa não conseguiu deixar ninguém parado. O show, que apresenta o disco “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias” (2010), foi aberto com a canção “Vermelho”. Já na segunda música, a cantora agitou o público perguntando: “Vocês vão ficar aí desse jeito?” A sala de espetáculos levantou-se e tomou caráter festivo. Algumas canções com levada dançante foram apresentadas, muitas do último disco.

Outro momento da apresentação foi dedicado às composições românticas. Vanessa da Mata abriu espaço para um coro de 2500 pessoas, que bradava todas as canções. “Ainda Bem” e “Amado” conquistaram de vez o público. Roberto Carlos foi homenageado com “A Distância”, canção que arrancou gritos da platéia. Ao final, o hit “Ai, ai, ai” foi apresentado com grande ênfase. No bis, Vanessa trouxe um carimbó que agitou ainda mais o Centro de Convenções. Nos agradecimentos, houve espaço para a interpretação à capela da canção “Por Enquanto”, de Renato Russo, acompanhada pelo público.

A iniciativa de se unir uma das mais notáveis representantes do samba de Brasília e outra consagrada cantora e compositora da música brasileira na mesma noite confirmou o sucesso do FestiArte, abrindo-se espaço para outros momentos de apresentações que mesclem gêneros musicais e talentos. Vanessa da Mata se apresenta novamente no Festival, no Ginásio de Sobradinho. Os ingressos estão sendo distribuídos na Galeria de Artes Vincent Van Gogh, na quadra 08, desde as nove horas da manhã. A abertura do show fica a cargo do grupo Luz do Samba e do rapper GOG.

Serviço: Vanessa da Mata, GOG e Luz do Samba
Local: Ginásio de Sobradinho
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece a partir das 9h do mesmo dia, na Galeria de Artes Vincent Van Gogh (localizada na quadra 8 de Sobradinho)

Lia de Itamaracá: profissão merendeira


E quando Lia não está cantando? Confira os projetos, ações e missões da pernambucana Lia de Itamaracá.

Lucas Formiga/FestiArte
“Ah, mas ontem foi bom demais.” Assim começou uma conversa com a cirandeira Lia de Itamaracá, no hotel que a recebeu para os shows que integraram a programação do I FestiArte. Lia referia-se ao show feito na noite anterior, no Teatro Nacional, em que algumas centenas de jovens dançavam ao redor dela, brindando-a com uma ciranda do tamanho do palco. Além das cirandas tradicionais da Ilha de Itamaracá, a cantora promoveu uma festa pernambucana, com cocos, xaxados, frevos e maracatus. A receptividade do público é sempre muito grande em relação à cantora, que é Mestra Griô pelo Ministério da Cultura e recebeu o título da Ordem do Mérito Cultural.

Considerada patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, pouco se sabe da vida e das atividades de Lia. A ciranda tradicional “Quem me deu foi Lia” permanece mítica no imaginário brasileiro. Ouve-se e canta-se muito, mas não se sabia, até há pouco tempo, quem era a cantora.

Lia é merendeira por profissão. “Eu trabalhei no Estado 28 anos: fazia merenda pra 270 crianças, e me sentia muito feliz porque eu adoro criança e adoro trabalhar”, diz. A cantora gravou um LP em 1977, continuou no ofício das merendas e brincando as cirandas no bar Sargaço e nas praias, sem muitas reverências ao seu trabalho, a não ser na própria Ilha de Itamaracá.

De uns anos para cá, depois de ter conhecido o produtor Beto Heez, Lia passou a se dedicar integralmente à música, tendo gravado dois CDs e apresentando-se em todo o país e na Europa. O que poucos sabem é da importância da figura de Lia para a Ilha que lhe dá nome. Ela e Beto Heez, seu diretor artístico, mantêm um espaço cultural que envolve toda a comunidade da ilha, com cursos ministrados pelos próprios habitantes ou em parceria com a Universidade Federal do Estado. Ali há oficinas de doces (a ilha de Itamaracá é famosa por ser habitada por doceiras nativas), percussão, cabelos afro, além de exposições de fotografia e cinema.

Em um projeto de revitalização da orla de Itamaracá, o espaço cultural foi fechado. A promessa é que o local seja reformado junto às outras obras. Este fato causa grande incômodo na Ilha. Segundo Lia, a falta do espaço gerou reclamações porque as cirandas acabam não sendo feitas. “É uma reclamação muito grande, porque eles não têm pra onde ir, principalmente as crianças”, analisa a compositora.

Quando o assunto é a cultura popular e a manutenção de tradições, Lia tem tranqüilidade para dizer que tudo está mantido. “Junta-se e se faz a coisa acontecer. A ciranda, por exemplo, é uma dança de roda. Ela começa por crianças, adultos, não tem preconceito. Entra-se, dança-se, se sente feliz, sai feliz, as pernas enferrujadas e todo mundo alegre”. Ela diz, também, que se deve fazer cultura popular em qualquer lugar. Em Brasília principalmente. “Tudo que é cultura, Brasília tem que abraçar. E eu estou aqui pra ajudar a fortalecer essa raiz”, comenta Lia.

E nem só das tradições culturais pernambucanas a cirandeira vive. Lia confessou para a equipe que tem grande admiração por Roberto Carlos, Gilberto Gil e Agnaldo Timóteo. Quando perguntada sobre sua canção favorita de Roberto, a cantora foi veemente: “Lady Laura”; e completa dizendo: “Mas eu não encaixo essas canções não. Se eu encaixar essas músicas no meu juízo, perco as minhas.”

Lia de Itamaracá é uma figura ainda pouco desvendada no Brasil. Seu papel é fundamental para a manutenção do potencial cultural da Ilha de Itamaracá, além de cumprir com a necessidade de mostrar a ciranda pernambucana ao mundo. Em junho, Lia viaja para uma turnê na Bélgica. Sobre isso, ela diz: “É mais um lugar pra essa africana conhecer...”

Por onde passa, a cantora transmite sensações de alegria e simplicidade, sempre com o pé no chão e o olho e a voz nas raízes. Quando perguntada, por fim, sobre vontades ainda não realizadas, Lia provoca risos em todos, dizendo: “O que eu quero agora é uma velhice tranquila e um capital de giro que possa me movimentar direito.”

ATENÇÃO - VANESSA DA MATA

Os ingressos para o show de Vanessa da Mata e Renata Jambeiro, no Centro de Convenções, já estão esgotados. Vanessa se apresenta amanhã, ao lado do grupo Luz do Samba e do rapper GOG, no Ginásio de Sobradinho.
A DISTRIBUIÇÃO DOS INGRESSOS ACONTECE  AMANHÃ, A PARTIR DAS 9 HORAS, EM SOBRADINHO, NA GALERIA DE ARTES VINCENT VAN GOGH (QUADRA 08)

Programação 27/01


Vanessa da Mata se apresenta no Centro de Convenções e em Sobradinho


O Centro de Convenções Ulysses Guimarães recebe, dia 27 de janeiro, duas importantes figuras da música nacional: Vanessa da Mata e Renata Jambeiro. No show, que integra a programação do I Festival de Artes de Brasília, a mato-grossense Vanessa da Mata apresentará sucessos de toda sua carreira.
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A carreira de Vanessa começou quando ela tinha apenas 16 anos e cantava em bares de São Paulo. Aos 21 anos conheceu Chico César e, com ele, compôs a canção "A força que nunca seca", gravada por Maria Bethânia, que a fez título de seu disco de 1999. A partir disso, a carreira de Vanessa da Mata deslanchou. Vencedora do Grammy Latino de Melhor álbum Pop Contemporâneo Brasileiro com o disco Sim, a cantora chega a Brasília na turnê de seu quarto álbum: Bicicletas, bolos e outras alegrias e promete agitar a noite de sexta-feira.
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www.vanessadamata.com.br
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A abertura do show fica a cargo da cantora brasiliense Renata Jambeiro. Atriz e cantora, Jambeiro é tida como grande representante da música de Brasília. Seu primeiro álbum, intitulado Jambeiro, foi lançado em 2007. A artista está em turnê de divulgação de seu segundo trabalho, o DVD Sambaluayê. Seus shows são sempre boas homenagens ao samba, aos sambistas e às raízes da música popular brasileira.
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www.renatajambeiro.com
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No dia seguinte, sábado (28 de janeiro), Vanessa da Mata se apresenta no Ginásio de Sobradinho. Quem abre o show é o grupo Luz do Samba e o rapper GOG. Os ingressos podem ser retirados a partir das 9 horas da manhã, na Galeria de Artes Vincent Van Gogh, localizada na quadra 08 de Sobradinho.
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Serviço: Vanessa da Mata no Centro de Convenções
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães
Data: 27 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, no Teatro Nacional. A entrada é franca.
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Serviço: Vanessa da Mata no Ginásio de Sobradinho
Local: Ginásio de Sobradinho
Data: 28 de janeiro (sábado)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 9h horas do mesmo dia do espetáculo, na Galeria de Artes Vincent Van Gogh, localizada na quadra 08 de Sobradinho. A entrada é franca.


Lamartine Babo
O espetáculo do grupo Macunaíma/CPT será reapresentado às 19 horas, na sala Martins Pena do Teatro Nacional. É uma ótima oportunidade de se assistir a uma montagem do texto de Antunes Filho.


Serviço: Lamartine Babo
Local: Sala Martins Pena do Teatro Nacional
Data: 27 de janeiro (sexta-feira às 19 h)
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo.
A entrada é franca.


Lia de Itamaracá
Lia de Itamaracá apresenta-se novamente, com shows de abertura de Sílvio de Holanda, Zé do Cerrado e Donzílio Luiz, na Casa do Cantador - Ceilândia. Mais uma oportunidade de se ouvir a cirandeira no DF.



Serviço: Lia de Itamaracá
Local: Casa do Cantador - Ceilândia
Data: 27 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 20h
A entrada é franca e não é necessária apresentação de ingressos.

Mirabai Baraka
O espetáculo de dança Mirabai Baraka teve início como projeto de pesquisa, idealizado pela dançarina, atriz, pesquisadora e professora da Faculdade de artes Dulcina de Moraes, Maria Vilarinho Cardoso. Seu trabalho como atriz é fortemente influenciado pelo Oriente e, em técnicas corpóreas.  A artista consegue, em suas apresentações, unir a teoria e a prática devido ao seu contato com o estilo de Dança Clássica Indiana Bharata Natyam, com influências, também, de suas sucessivas viagens de aperfeiçoamento. O espetáculo é inspirado em rituais de várias tradições pertencentes a diversas culturas e tem a presença feminina como fonte de grande inspiração.

Serviço: Mirabai Baraka
Local: Sala Alberto Nepomuceno, Teatro Nacional
Data: 27 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.


Retrospectiva Lars Von Trier
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A mostra CCBB em Cartaz - Retrospectiva Lars Von Trier continua e nessa sexta exibe o filme O Grande Chefe (99 min. | 2006 | 16 anos).


Serviço: Restrospectiva Lars Von Trier
Local: CineBrasília
Data: 27 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 19h30
A retirada de ingressos acontece no mesmo dia do espetáculo, com uma hora de antecedência. A entrada é franca.

Relembrando o Rei do Carnaval

Lucas Formiga/FestiArte
Sobre as melodias que embalam o carnaval de rua no Brasil há muitos anos. Sobre os hinos entoados em estádios de futebol, repletos de torcedores fanáticos. Quem nunca bradou “O teu cabelo não nega” em fevereiro, nas ruas? Que torcedor flamenguista ou tricolor não canta com paixão o hino do seu clube?  Foi para homenagear Lamartine Babo que Antunes Filho escreveu o espetáculo homônimo ao artista, levando a história do “Rei do Carnaval” para o teatro, junto ao grupo Macunaíma/CPT – Centro de Pesquisa Teatral.
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O espetáculo é parte da Trilogia Carioca. Com 10 atores em cena e direção de Emerson Danesi, que faz parte do CPT há 16 anos, a peça é um musical dramático. Contempla vários dos sucessos do compositor homenageado, como “O seu cabelo não nega”, “Cantores do Rádio”, “Serra da boa esperança”, entre outras. Emerson descreve o espetáculo como uma reverência ao músico. “"Lamartine Babo" é uma homenagem a esse incrível compositor e Antunes resolveu escrever o texto inspirando-se em Pirandello (dramaturgo italiano), com personagens em busca de um autor”, afirma.
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Com atuações bastante leves, “Lamartine Babo” reforça a ideia do grupo de valorizar traços culturais brasileiros, como em Macunaíma e Policarpo Quaresma. Para Emerson, Babo é “re-valorizado” internamente no espetáculo. “O Antunes usou essa estrutura de pessoas estranhas que se encontram para cantar o repertório do Lamartine Babo em um local de ensaio. Eles recebem a visita de um senhor e sua sobrinha, bem misteriosos. Dentro dos diálogos, revelam dados e curiosidades da vida e da obra do compositor.”
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O CPT utiliza métodos de trabalho específicos para suas montagens: a preparação de elenco tem fins formativos e as montagens são baseadas em pesquisas intensas em várias áreas de conhecimento. A rotina de trabalho intensa garantiu prestígio internacional a Antunes Filho. Desde a apresentação de Macunaíma, em 1978, o teatro de Antunes foi reconhecido em todo o mundo. O clássico, adaptação do texto de Mário de Andrade, foi responsável por abrir novas perspectivas à narrativa dramática no Brasil.
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A montagem de “Lamartine Babo” reconduz ao imaginário popular uma figura excepcional, em texto que brinca com vaidades e crenças. As leves pitadas de humor, somadas ao talento e à impecável afinação do elenco são ingredientes suficientes para contagiar a todos que assistem.

Programação 26/01



Lia de Itamaracá

Guilherme Tavares/FestiArte
A cultura popular de Pernambuco pede passagem e aterrissa em Brasília. A responsável pela festa é Lia de Itamaracá, que se apresenta no I Festival Internacional de Artes de Brasília. Lia terá duas apresentações: uma na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, com show de abertura da Orquestra Marafreboi e outra na Casa do Cantador, em Ceilândia. O segundo local é espaço de encontro entre nordestinos radicados em Brasília, e recebe também Sílvio de Holanda, Zé do Cerrado e Donzílio Luiz.

 A cantora é a cirandeira mais famosa do país. Nascida em 1944, Lia de Itamaracá vive até hoje na ilha que lhe dá nome. Aos doze anos, já participava de rodas de ciranda e encantava-se com cocos e maracatus. Em 1977, depois de 21 anos cantando animando rodas em Itamaracá, a cantora gravou seu primeiro disco. Lia de Itamaracá roda o Brasil e o mundo representando a música tradicional pernambucana e seu trabalho é tido como fonte importante de resgate e preservação cultural.


 

Serviço
Lia de Itamaracá e Orquestra Marafreboi
Local: Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional
Data: 26 de janeiro (quinta-feira)
Horário: 20h
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo.
A entrada é franca.

Lia de Itamaracá e Sílvio de Holanda, Zé do Cerrado e Donzílio Luiz
Local: Casa do Cantador - Ceilândia
Data: 27 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 20h
A entrada é franca e não é necessária apresentação de ingressos na entrada.


Lamartine Babo
O espetáculo Lamartine Babo já está em cartaz há dois anos em São Paulo. A montagem é encenada pelo histórico grupo Macunaíma/CPT e tem o texto de um dos mais renomados diretores brasileiros: Antunes Filho. Com turnês na América Latina e Europa, e vencedor do prêmio Shell da categoria Musical, a direção fica a cargo de Emerson Danesi.

Lamartine Babo/Divulgação
Lamartine Babo aborda a vida e obra de um dos maiores compositores da música brasileira. Conhecido como Rei do Carnaval, Babo é o autor de grandes marchinhas de carnaval, como “O Teu Cabelo não Nega” e hinos de futebol.
http://www.youtube.com/watch?v=DNpZpTbcMNM


Serviço
Local: Sala Martins Pena do Teatro Nacional
Data: 26 (quinta-feira às 21 h) e 27 de janeiro (sexta-feira às 19 h)
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo.
A entrada é franca.



Retrospectiva Lars Von Trier
Hoje será exibido o filme Dançando no Escuro (140 min. | 2000 | 16 anos), parte da Mostra CCBB em Cartaz - Retrospectiva Lars Von Trier, no Cine Brasília.


Serviço
Local: Cine Brasília
Data: 26 de janeiro (quinta-feira)
Horário: 19h30
A retirada de ingressos acontece no local, a partir de uma hora antes da exibição do filme. A entrada é franca.

Tulipa Ruiz encanta Brasília mais uma vez


Lucas Formiga/FestiArte

Tulipa Ruiz subiu ao palco em tom saudoso, congelando o tempo para as coisas efêmeras. A intensidade da interpretação e a grande receptividade do público, no entanto, tornam-se reações inversas ao discurso da efemeridade. Tulipa veio pra ficar bem mais que um “pouquinho”, como fala na canção. O tempo é a marca desse show, que a tornou referência na música brasileira contemporânea.

“Efêmera”, seu primeiro e único disco até agora, foi apresentado na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, ontem, compondo a programação do FestiArte. Quem chamou a cantora ao palco, entregando-lhe flores e declamando um pequeno verso, foi o rapper GOG.

Com show de uma hora e meia, Tulipa tomou o teatro com interpretações memoráveis. Demonstrando fascínio pelo tamanho da sala e o público presente, logo conquistou os que ainda não conheciam seu trabalho. Por vezes, o espetáculo ganhou caráter teatral. Destacou-se com a versão para a música “Da Maior Importância”, de Caetano Veloso.

Nascida em Santos (SP) e criada, com a mãe, no interior de Minas Gerais, Tulipa Ruiz sempre teve referências musicais positivas em casa, com muito acesso a discos. Seu pai é Luiz Chagas, guitarrista da banda Isca de Polícia, que acompanhou Itamar Assumpção ao longo da carreira.

Lucas Formiga/FestiArte
E junto a muitos outros filhos da vanguarda paulista, consanguíneos ou não, criou-se um movimento musical. “Tem muita gente boa fazendo música em São Paulo, com sonoridade muito diferente, mas que se conhecem e eventualmente tocam juntas”, diz Tulipa. Segundo a cantora, a cooperação entre parceiros musicais foi fundamental, o que tornou parecida a forma de operar em relação à produção.

Em Brasília, a cantora encontrou um público interessado desde a primeira apresentação, em 2011. Foi o primeiro lugar onde se apresentou fora do Eixo Rio-São Paulo e para onde mais trouxe o show de Efêmera. Quando se fala sobre seus novos projetos, Tulipa está em processo de levantamento de repertório, criação e, como ela diz, “ainda em fantasia”. As gravações, no entanto, começam em março e o trabalho é lançado no segundo semestre.

Confira a canção “Só Sei Dançar com Você”. 

Lamartine Babo do CPT


O espetáculo Lamartine Babo já está em cartaz há dois anos em São Paulo. A montagem é encenada pelo histórico grupo Macunaíma/CPT e tem o texto de um dos mais renomados diretores brasileiros: Antunes Filho. Com turnês na América Latina e Europa, e vencedor do prêmio Shell da categoria Musical, a direção fica a cargo de Emerson Danesi.

Lamartine Babo aborda a vida e obra de um dos maiores compositores da música brasileira. Conhecido como Rei do Carnaval, Babo é o autor de grandes marchinhas de carnaval, como “O Teu Cabelo não Nega” e hinos de futebol.

Sobre o Grupo
O grupo Macunaíma/CPT (Centro de Pesquisa Teatral)é liderado por Antunes FIlho e teve sua fundação a partir da montagem de Macunaíma (1978). A montagem do espetáculo é tida como a responsável pela abertura dos caminhos do teatro brasileiro para o mercado internacional. O Centro de Pesquisa Teatral é uma iniciativa do SESC, para dar continuidade ao trabalho estético obtido em Macunaíma, bem como para a realização de atividades formativas.


Serviço
Local: Sala Martins Pena do Teatro Nacional
Data: 26 (quinta-feira às 21 h) e 27 de janeiro (sexta-feira às 19 h)
A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo.
A entrada é franca.

Entrevista R&J Shakespeare

Foto: Lucas Formiga/FestiArte

No segundo dia de apresentações do espetáculo R&J Shakespeare - Juventude Interrompida, os atores Pablo Senábio, Felipe Lima, Rodrigo Pandolfo e João Gabriel Vasconcellos conversaram com a equipe do Blog FestiArte e contaram um pouco sobre a experiência de trazer Shakespeare para um contexto contemporâneo. A entrevista, na íntegra, você confere abaixo:


FestiArte: Romeu e Julieta é um texto de quase 500 anos, uma tragédia clássica reproduzida inúmeras vezes em todo o mundo. Como o grupo avalia o desafio de interpretar esse texto tão antigo e com tamanha quantidade de montagens anteriores?

Pablo Senábio: É sempre instigante fazer Shakespeare com a sua cara. É sempre desafiador pegar um clássico, que já foi feito inúmeras vezes no mundo inteiro e no Brasil, e ver qual vai ser sua ótica, o seu recorte dessa montagem. Foi isso na verdade que instigou todos a participarem do projeto e ao João Fonseca também. A gente queria fazer um Romeu e Julieta que fosse diferente e que não fosse trivial.
Essa peça é focada no ator, e nós buscávamos isso, como profissionais. Um projeto em que se mostrasse versatilidade, tanto de ator quanto de direção.


FestiArte: O espetáculo é muito dinâmico e despojado. Exige muita movimentação, mas paralelamente não exige tanta rigidez, o que dá a impressão de que se têm certa liberdade no palco para criar coisas novas e até mesmo improvisar. Como é para o ator lidar com esse despojamento e com essa dinâmica em cena?

Pablo Senábio: Eu acho que uma das boas repercussões da peça se deve justamente a isso. A gente faz Shakespeare de uma forma despretensiosa. Não tem que ser de uma forma impostada, o texto dito de forma dura. Eu acho que isso facilita que o público entre na história.

Rodrigo Pandolfo: Nós não temos que acertar e isso é muito interessante. A gente descobriu que não precisa, necessariamente, acertar. O fato de a gente ter a possibilidade de comentar a cena justifica tudo. É uma peça dentro da peça.


FestiArte: O cenário é relativamente simples, ambientado em uma sala de aula. Os objetos de cena, que ganham múltiplos significados ao longo das cenas, ao mesmo tempo em que dão um ar dinâmico e engraçado, ressaltam o fato de a montagem ter caráter simplista. Como surgiu a ideia de interagir com esses objetos, de tranformar uma régua em uma espada?

Pablo Senábio: A proposta é justamente essa, mostrar para o público teatro na frente deles. Se é uma sala de aula, não tem porque a gente ter uma espada lá dentro. E é exatamente isso que é legal, se a gente coloca para o público o símbolo, de que a régua é uma espada, de repente, quando a régua entra fazendo uma espada, o público já entendeu, e compra a história. Como acontece com os dois meninos de Romeu e Julieta, no começo tem um estranhamento.

Felipe Lima: Mas é só porque são dois homens fazendo Romeu e Julieta, depois o público já embarca na história.


FestiArte: Mais de 10 personagens da versão original são representados por 4 atores. Todos eles são muito intensos e exigem mudanças rápidas. Tendo em vista essa rotatividade, como se deu o processo de criação de cada personagem?

Rodrigo Pandolfo: A distribuição dos personagens já era pré-concebida no texto, já se sabia que quem fosse fazer a Julieta, faria o Benvólio e quem fosse fazer o Mercucio faria a mãe. Mas a gente não sabia, nas leituras, quem ia fazer o quê, a gente foi experimentando. Foi uma grande brincadeira. Quando cada um pisou no pé daquele personagem que chegou pra gente, foi muito intenso.
Quanto ao processo de construção, é engraçado. A gente sempre se preocupou muito em não representar. E sim em, simplesmente, jogar ou ser aquilo, e levar a tona, para mostrar aquele texto da forma mais verídica e real possível, até mesmo para a gente. Nosso exercício, durante a construção trazer para si cada personagem. Algumas pessoas costumam dizer que o personagem ‘baixa’, mas não tem isso, é você quem está fazendo, então como é você dentro daquela situação?
A proposta foi uma construção bem de dentro para fora, principalmente, para quem fez os personagens femininos, por que com eles é muito fácil cair numa espécie de caricatura e a ideia não era essa.


FestiArte: A peça tem texto original de Joe Calarco e obteve bastante sucesso em montagens no exterior. A tradução é de Geraldo Carneiro, e há, nela, muito de brasilidade. Como se deu esse processo de montagem, principalmente quanto à direção do João Fonseca. Essa é uma experiência diferente para vocês, por esse texto tão peculiar?

Rodrigo Pandolfo: A experiência é maravilhosa. Nós somos apaixonados pelo João. Eu e Pablo o conhecemos na escola, já havíamos trabalhado com ele em uma montagem dentro dessa escola. Nós temos uma intimidade, de anos, com o João. Estar dentro de uma sala de ensaio com João Fonseca é a mesma coisa que estar com um amigo brincando de fazer teatro. Não tem essa distância entre o ator e o diretor. Ele muito generoso e simples na maneira de ser e de se relacionar com as pessoas. É simples-grandioso, ao mesmo tempo. Simples-grandioso, com hífen mesmo.

Pablo Senábio: Ele tem sabedoria. Já dirigiu muitas coisas e sabe que não precisa ficar se auto-afirmando como diretor. Na verdade, ele pede que cada um mostre como pensa que seria a cena. E ele vai entrando, aos pouquinhos, e quando você vê, ele dirigiu a cena. O mais maravilhoso é que ele te deixa livre para criar.


FestiArte: Pode-se dizer que dessa liberdade surgiu muito do dinamismo e entrosamento que existe entre o grupo no palco?

Rodrigo Pandolfo: Exatamente. Foram coisas que aconteceram na sala de ensaio. Foi muito através do nosso jogo e da nossa relação, experimentando-brincando. Às vezes a gente queria fazer algo mais mirabolante. A gente sempre dá um exemplo: o Pablo teve a ideia de fazer um véu de clipes para a Ama, que seria maravilhoso, mas o João disse que seria mirabolante demais, por que seria mentir que se teve tempo para fazer esse véu, quando não se teve.


FestiArte: Qual é o limite desse espaço para a criação e o improviso?

Rodrigo Pandolfo: Chegou-se à conclusão que a peça é dividida em dois atos. O primeiro ato nos traz várias possibilidades de improviso e de comentário. Então, até determinado limite, podemos interferir na cena, errar, parar, voltar e tecer algum comentário que seja crível. A partir do momento em que o segundo ato, ou seja, a tragédia real começa a se instaurar, a ideia é contar Romeu e Julieta e fazer o possível para que o público esqueça que são quatro estudantes e entre nessa história. É quando se deixa de comentar e de criticar.

João Gabriel Vasconcellos: Até mesmo os nossos comentários surgiram das cenas já trabalhadas por nós. Se você for ver a peça novamente, vai perceber que os comentários que a gente criou durante o processo são os mesmos de ontem e de hoje.

Pablo Senábio: A peça é viva. Podem acontecer várias coisas. E, se acontecerem, a gente vai aderir isso ao espetáculo, mas assim, a gente não cria coisas novas todos os dias. Não é uma peça de improvisação.

Rodrigo Pandolfo: A maioria das coisas que foram criadas, como os comentários, foram em sala de ensaio, com o João limitando. Mas uma ou outra coisa acontece de vez em quando. Ontem [24/01], por exemplo, o espetáculo parou, em um momento, logo no início. Era um momento engraçado, o público começou a rir muito. Aquilo ali é raro, normalmente não acontece, assim como outras coisinhas, mas a gente procura não manter esses momentos, para que o espetáculo não fique muito recheado de excessos.


Rodrigo Pandolfo como Julieta, Benvólio e Frei João. Pablo Senábio como Ama, Teobaldo e Frei Lourenço. João Gabriel Vasconcello como Romeu e Sr. Capuleto. Felipe Lima como Mercucio e Sra. Capuleto. Outros personagens são interpretados pelos quatro atores simultaneamente.