Entrevista com Luiza Possi


Luiza Possi chegou a Brasília ansiosa para rever seus fãs, que puderam conferir pela primeira vez a turnê do DVD Seguir Cantando. A cantora conversou com o Blog do FestiArte sobre o show, suas influências e a homenagem que fez a Whitney Houston na apresentação. Confira a entrevista.

Foto: Limoncino Oliveira
FestiArte: O DVD Seguir Cantando, lançado em 2011, deu origem à turnê apresentada no Teatro Nacional, e já passou por algumas cidades do Brasil. Como foi o processo de criação do DVD e como a experiência do álbum se refletiu no palco?
Luiza Possi: Começamos a turnê no ano passado e não deu para vir a Brasília. Nós todos estávamos ansiosos por isso. A produção do DVD foi um verdadeiro reality em que a pudemos mostrar ao público como tudo é feito. A pressa e a correria mostram bem a vida real, tirando todo o glamour. É tudo muito visceral, muito apaixonado. E isso está cada vez mais presente no palco. O nosso encontro com o público é uma catarse.


FestiArte: E como tem sido a repercussão da turnê nas cidades pelas quais já passou?
Luiza Possi: Tem sido arrebatadora. Todos têm recebido muito bem. Graças às redes sociais e à democratização da música, ainda que não esteja totalmente livre, você vê milhares de pessoas cantando músicas que não estão tocando numa rádio, na televisão ou em uma novela. As pessoas têm acesso direto a você e ao seu trabalho e isso me deixa muito mais próxima do meu público. É muito bacana ver que o Seguir Cantando tem 25 músicas e a galera canta tudo. É bom ver uma coisa que você fez se espalhar, senão não tem sentido, a comunicação só existe se chega à outra parte. 


FestiArte: Na construção da sua trajetória musical e da sua carreira, quais foram as suas maiores influências?
Luiza Possi: É muita gente. Eu tive influências em casa; nas suas casas. Com a minha mãe, era uma coisa sempre mais lírica: Barbra Streisand, Vozes Búlgaras, Rita Pavone. O meu pai era mais pop-contemporâneo, ele ouvia Michael Jackson, Stevie Wonder. Mas tinham também as coisas que eu levava para casa, que eram do rádio. Eu tive uma cultura de rádio. Por exemplo, eu que apresentei Ana Carolina à minha mãe. Eu gostava e ainda gosto muito de Black, Jazz, R&B, de Soul americano, de Etta James. Essa é uma cultura que eu adquiri na rua. E então eu fiz uma mistura de tudo.


FestiArte: Na passagem de som, pudemos ouvir uma versão de “I Will Awayas Love You”, da Whitney Houston, que será apresentada no show. Por que fazer essa homenagem, ela foi importante para a sua carreira?
Luiza Possi: Eu sempre tive muita influência de cantoras negras norte-americanas. Do R&B, do Soul, do Pop. Uma amiga da minha mãe, hoje mesmo, me lembrou da época em que eu tinha dois anos e cantava Whitney Houston, mesmo sem saber falar direito. Essa é uma coisa que vem desde que eu era muito pequena. Casou com o fato de que eu estou fazendo uma pesquisa para o Lado B, que é um projeto que tenho na internet e essa semana mesmo eu estava vendo as coisas da Whitney, pois pretendo gravar alguma coisa dela. 
Foto: Limoncino Oliveira
Ela é uma cantora que me influenciou muito, de me trancar no quarto e ficar tentando cantar suas músicas. Quando eu soube de sua morte fiquei bem triste. Eu sempre quis cantar “I Will Always Love You” e não tem porque a gente não fazer as coisas que a gente quer. É a minha maneira de dizer pra Deus cuidar da alma dela e de agradecer tudo que ela fez inclusive para o público aqui do Brasil, que gostava muito dela.


FestiArte: De que forma você sobe ao palco hoje? Qual é a sua expectativa para o show dessa noite?
Luiza Possi: A expectativa é para seja o melhor show possível. Não existe outro momento. Existe aqui e agora. Então que hoje seja o melhor show da minha vida. Que seja o melhor show para mim e para todo o público. Que a gente consiga fazer uma conexão real. Que todos saiam do meu show pelo menos um pouco diferentes do que chegaram, e eu também.